Projeto é plantar em cinco mil hectares, dos quis 1 mil hectares já estão cultivados. As árvores já alcançaram a idade adulta de dois anos. A idade de corte é de oito anos, a metade da Europa.
Em 1999, a Embrapa Semiárido desenvolveu, no Norte do Ceará, pesquisa com cerca de 40 espécies de eucaliptos de variadas origens geográficas. Mais recentemente, novas pesquisas da Embrapa Agroindústria Tropical, com sede em Fortaleza, em parceria com a Adece, o Sindmóveis-Ceará, o Dnocs, o Indi e empresas do polo madeireiro do município de Marco foram feitas com excelente resultado (houve quem, no início, as considerasse inadequadas), ampliando as perspectivas de êxito do investimento.
Pois bem: a Jacaúna e outras empresas da indústria moveleira cearense juntaram-se em um projeto que prevê, em uma área de cinco mil hectares, o cultivo de eucaliptos e outras espécies nobres todas utilizadas na fabricação de móveis. Já estão plantados lá mil hectares. As árvores já alcançam a idade adulta aos dois anos.
Nos países nórdicos, um eucalipto ou um mogno demora 14 anos para alcançar a idade de corte; no Brasil - no Ceará, também - só oito anos. Este é um diferencial que, daqui a poucos anos, fará a diferença em favor dessa nova atividade da agroindústria do Estado.
O cearense não faz ideia do que é e do que faz a sua tecnologicamente moderna e crescente indústria de móveis, desconhece o seu potencial, ignora seus números e suas possibilidades. Não sabe, por exemplo, que a fábrica da Jacaúna, uma gigante do setor, ocupa área de 120 mil m²; a da Madresilva, 20 mil m²; a da Osterno, 12 ml m² de área industrial.
Elas e as demais do Polo Moveleiro de Marco produzem para o mercado interno brasileiro e para o estrangeiro - exportam para exigentes mercados dos EUA e Europa. Esta coluna repete o bordão: o melhor do Ceará é o cearense.
FONTE DA NOTÍCIA: Diário do Nordeste
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